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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

JRR Tolkien, o Senhor dos Livros

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Recentemente, após descobrir uma bela oferta (os livros de Tolkien por R$ 9,90) finalmente completei minha coleção de Senhor dos Anéis... Já havia lido a obra de Tolkien há alguns anos (bem antes dos filmes), mas ainda faltava possuir o último volume da saga... Tolkien, para mim, é um gênio e com isso quis prestar uma singela homenagem, postando aqui uma mini-cronologia que encontrei na Net.

Antes disso, quero dizer que esses livros inspiraram minha adolescência e ajudaram a aumentar o meu amor pela literatura. Muito bem escritos, detalhados e cheios de mitos, os livros são uma viagem não apenas no mundo fantástico de Tolkien, mas também na técnica do bem escrever.

Tolkien criou um mundo rico, tão rico que recebia cartas de botânicos perguntando sobre as plantas do livro tamanha a verossimilhança do que ele escreveu... Aliás, para quem não sabe,  a obra tolkiniana foi criada pois o erudito linguista Tolkien criou uma teoria de como as línguas evoluem, do ponto de vista antropológico, como elas se modificam, se mesclam, se perdem, e para isso ele criou um mundo todo para que pudesse colocar essa teoria... E assim foi criada a obra máxima da literatura fantástica. Perfeita em todo os seus aspectos.... Agora a pequena homenagem...


Cronologia de JRR Tolkien



1895. Mabel Tolkien parte para a Inglaterra com seus dois filhos, Ronald e seu irmão mais novo, Hilary. O pai, Arthur Tolkien, permanece na África do Sul.


1896. Morre Arthur Tolkien. O restante da família viverá em Birmingham durante 4 anos.


1904. Morre Mabel Tolkien aos 34 anos de idade.


1905. Ronald e seu irmão se instalam na casa de sua tia Beatrice.


1908. Ronald conhece Edith Bratt.


1909. Ronald fracassa em seu intento de obter uma bolsa de estudos em Oxford.


1910. Ronald ganha uma bolsa de estudos para a Exeter College de Oxford.


1911. Se forma em T.C.B.S. (Tea Club, Barrowian Society, etc.)


1915. Ronald recebe Honra de Primeira Classe em seus exames de graduação. Se alista nos Lancashire Fusiliers e inicia seu treinamento em Bedford e Staffordshire.


1916. Ronald se casa com Edith, e alguns meses mais tarde, em junho, embarca rumo a França. Se dirige ao Somme como subtenente do II de Lancashire Fusiliers e serve como oficial de sinais do Batalhão. Em novembro regressa a Inglaterra e adoece da "Febre das trincheiras".


1917. Convalescente, começa a escrever O Livro dos Contos Perdidos, que se converterá mais tarde em O Silmarillion. Em novembro nasce seu filho mais velho, John.


1920. É designado professor de Língua Inglesa na Universidade de Leeds. Nasce seu segundo filho Michael.


1924. Tolkien é designado professor em Rawlinson e Bosworth, em Oxford.


1926. Começa sua amizade com C.S. Lewis. Formação do The Coalbiters.


1929. Nasce sua filha Priscilla.


1930. Tolkien começa a escrever O Hobbit, mas o abandona antes de terminar.


1936. Susan Dagnall, de Allen & Unwin, lê o manuscrito de O Hobbit, e Tolkien conclui o livro a pedidos dela. É acertada sua publicação.


1937. Publicação de O Hobbit, no outono. Atendendo a um pedido de Stanley Unwin, Tolkien começa a escrever uma Segunda parte que se converterá em O Senhor dos Anéis.


1945. Tolkien é eleito professor de Língua e Literatura Inglesa de Merton, Oxford.


1949. Se completa O Senhor dos Anéis.


1954. Publicação dos dois primeiros volumes.


1955. Publicação do terceiro volume.


1962. Publicação de As aventuras de Tom Bombadil.


1964. Publicação de Árbol e Hoja.


1967. Publicação de O Guerreiro de Wooton Maior.


1971. Edith Tolkien morre em novembro, com oitenta e dois anos.


1972. Tolkien recebe o Doutorado Honorário em Letras da Universidade de Oxford.


1973. No dia 28 de agosto viaja para passar uns dias com seus amigos de Bournemouth. Adoece e morre numa clínica nas primeiras horas de Domingo, 2 de setembro, aos oitenta e um anos de idade.

sábado, 19 de dezembro de 2009

COP 15 e o fracasso nas negociações sobre meio-ambiente e aquecimento global em Copenhagen ( Dinamarca )

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Eu esperei o fim da Conferência de Copenhagen para fazer um comentário sobre tudo isso. Afinal, a esperança é a última que morre...


192 países reuniram-se do dia 07 de dezembro até o dia 18 último no chamado COP-15, em Copenhagen, na esperança de chegar a um acordo que ajudasse a diminuir o aquecimento global. Após muita frustração, discussões inócuas e até um teatral corte na mão da delegada Venezuelana, que se mutilou na conferência para  "poder ter o direito à palavra"  chegou-se ao texto final aprovado, que não só está muito longe do que se esperava como não vincula em NADA, não obriga nada, ou seja, é totalmente sem efeito... Foi assinado, me parece, apenas um texto para que não se ficasse sem nada a assinar.


Digo que ele de nada adianta e nada vincula pq. foi decidido que tentarão manter o aumento de temperatura abaixo de 2°C, mas não se explicou nem se obrigou a falar como. As propostas mais realistas e sérias pediam para que os países se comprometessem a diminuir a emissão de gás carbônico em taxas que variavam, porém essa questão, esse comprometimento que é na verdade o meio pelo qual se começaria a diminuir o aquecimento global, ficou de fora do texto final que, por conta disso, nada mais é do que uma carta de intenções. E uma carta de intenções que já nasceu para morrer, pois se fosse séria teria os ´como´ ao invés de ter apenas o objetivo.


É como se vc fizesse uma reunião em uma empresa que está bamba das pernas, com o intuito de planejar o que fazer para melhorar, e cada um trouxesse uma proposta que ia de corte de gastos até técnicas motivacionais e, no final, chegassem a um texto que simplesmente diz que a empresa tem que dar lucro de 2% ano que vêm, esquecendo que o objetivo da reunião era justamente saber como fazê-lo.


Esse texto não contem apenas a ´meta´ de se diminuir o aumento de temperatura global abaixo de 2°C, mas também a criação de um fundo para ajudar países pobres se adaptarem às consequências desse aumento. Esse fundo inicailemte será de 30 bilhões de dólares aumentando para 100 bilhões por ano até 2020.


Esse texto chamado de Acordo de Copenhagen foi aprovado por 26 países e assinado a contragosto pela União Européia, que o achou tímido. Entre os países que foram os principais artífices desse acordo estão Brasil, EUA, África do Sul, Índia e China.



Vale lembrar que a proposta inicial do Brasil levada para a COP15, em seu ponto principal, foi de corte de emissões de CO2 entre 30% - 42% abaixo do nível projetado atualmente para 2020.



Triste saber que o mundo prefere lucrar a sobreviver...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Filmes que marcaram época

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Assisti hoje ao filme ´E o Vento Levou´, uma super-produção hollywoodiana dos anos 30, uma história de amor sem grandes surpresas mas que, na minha opinião, nos deu um dos melhores filmes de todos os tempos. Aí eu me peguei pensando... Por quê eu gostei de ´E o Vento Levou´, mas acho simplesmente insuportáveis esses filmes românticos dos dias de hoje? Quer dizer, acho um desperdício de celulose filmes como ´Uma Linda Mulher´, ´Titanic´ e mais recentemente ´Crepúsculo´... Acho esses filmes simples, apelativos, melosos e o pior de tudo, pretensiosos... Fracos e dependentes de um sentimentalismo adolescente de terceira... Mas mesmo assim, existem muitos filmes de ´se esquecer o cérebro em casa´, superficiais de antigamente que acho muito superiores  e divertidos do que esses citados acima. Talvez por serem menos pretensiosos e não se ´ acharem´ demais, tentando ser oq nunca poderiam ser. E acho que está aí diferença desses filmes e os mais antigos... 

A clássica história de amor de Rhet Buttler e Scarlet O´Hara têm personagens fortes, linhas paralelas com histórias interessantes, além de obviamente ser muito melhor escrito do que os caça-níqueis atuais de adolescentes. Em vista disso decidi criar uma lista pessoal de filmes por assunto, colocarei aqui os 5 melhores filmes, que eu acho, dentro de certas categorias muito pessoais:


Meus melhores filmes de todos os tempos:




1 - O Poderoso Chefão I




 

 











2 - O Podereoso Chefão II





 







3 - O Sol é para todos (To Kill a Mockingbird)




 





4 - Quanto Mais Quente Melhor





 








5 - 2001: Uma Odisséia no Espaço











Agora as categorias pessoais:


Melhores filmes adolescentes da minha adolescência



 
1 - Curtindo a Vida Adoidado




 

2 - Clube dos Cinco






 
3 - Conta comigo




 

4 - Mulher Nota 1000




 

 

5 - Namorada de Aluguel










Melhores filmes da ´Sessão da Tarde´


 
1 - Fúria de Titãs





 
2 - Goonies






 
3 - As 7 faces do Dr. Lao








 
4 -Aventureiros do Bairro Proibido




 

5 - Karatê Kid





Melhores filmes ´cool´


 
1 - Blade Runner







 
2 - Cães de Aluguel





 
3 - Highlander (apenas o 1 !!!)









4 - The Matrix




 
5 - O Profissional











E alguém aqui gostaria de participar e colocar sua (ou suas) listas? E talvez começar uma conversa sobre o tema?


sábado, 12 de dezembro de 2009

Após roubo dos PM no caso AfroReggae, lei para instalar câmeras nas viaturas é aprovada no Rio.

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Um crime que chocou a sociedade e poderia ficar sem punição: se não fossem câmeras de segurança de prédios vizinhos, não seria possível ver os policiais militares levarem os pertences do coordenador do grupo AfroReggae, assassinado durante um assalto.


Por causa de registros como esse, a Assembléia Legislativa do Rio aprovou uma lei para instalar câmeras em todas as viaturas policiais. O governador Sérgio Cabral, no entanto, disse que existem outras prioridades na área de segurança e vetou o projeto.


“A ideia é ótima, é muito boa, o problema é que a gente tem um cronograma de investimentos”, disse Cabral.


Os deputados estaduais derrubaram o veto e a lei entrou em vigor. Já há experiências em Santa Catarina. Nos Estados Unidos, há mais de uma década as câmeras mostram todo o trabalho dos policiais e as perseguições a bandidos.

PRF faz testes em estradas do Rio


A Polícia Rodoviária Federal já começou a fazer testes nas estradas do Rio. As câmeras filmam sem interrupção e os policiais não têm acesso ao material. Toda a abordagem é gravada.

Além de captar as imagens externas, o equipamento também grava todo o áudio dentro do próprio carro da polícia. Como uma caixa preta de avião, tudo o que os policiais conversam dentro do veículo antes, durante e depois das abordagens é registrado. E este é um dos pontos que está mais provocando polêmica.

Mas a Associação de Cabos e Soldados da PM do Rio é contra a iniciativa. “Ela entra na privacidade do trabalho policial, porque está generalizando, está classificando todos como criminosos, quando na realidade a maioria não pratica crime. O policial vai se sentir fiscalizado, afrontado, agredido na sua integridade moral”, disse Wanderley Ribeiro, da associação.

Mais segurança para policiais


Para Paulo Scorani, ex-subcomandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), a tropa de elite da Polícia Militar, o equipamento pode aumentar a segurança da população e dos próprios policiais.

“É a policia estar vigiando, a sociedade estar vigiando o trabalho do seu policial. Eu não vejo nenhum problema nisso, dentro de um princípio democrático”, disse.


Diferente do que acontece em outros países essa lei visa ´vigiar´ os policiais. Agora a pergunta é: Será que  polícia está tão em baixa que necessita desse tipo de instrumento? Está sim. E isso acontece por uma série de fatores... A profissão é totalmente desprestigiada, com salários baixos,  muitos policiais estão lá para se locupletar com a corrupção mesmo. Alguns fazem ´bicos´, pois o salário não basta para sustentar uam família, e aí começa a inversão de valores... Os salários são baixos... Ok... Mas NADA justifica a corrupção, em qualquer nível, sobretudo da polícia. E nós incentivamos isso, quando damos o dinheiro da ´cervejinha´ para passarmos incólumes por alguma problema. E essas mesmas pessoas que pagam a ´cervejinha´ ficam ´chocadas´ quando vêem na TV os policiais roubando, achacando...

Penso que a solução para isso tudo é um conjunto de fatores, primeiro a DESpopularização da corrupção (ela virou regra, não exceção), isso passa pelos níveis mais baixos (o nosso dia-a-dia) e pelos exemplos nos níveis mais altos (nossos governantes). Segundo, darmos melhores condições para quem arrisca (em tese) a vida pela nossa segurança E termos uma melhor seleção desses profissionais...

Outro dia uma amiga minha disse que estava sendo furtada e segurou o ladrão antes que ele conseguisse se livrar, berrou para ser atendida por um policial, que preferiu ignorá-la... Quando ele, finalmente, não pôde mais ignorar os berros dirigidos na sua direção, atitude do policial foi sugerir que ela largasse o bandido e o deixasse ir embora... Ela ficou chocada e chamou outros policiais... Esses sim agiram como policais e acabaram por prender o bandido... Claro, o policial sonolento e vagabundo sumiu rapidinho da cena...

Enfim, também tenho histórias pessoais parecidas com essa da minha amiga que usei para ilustrar o despreparo e falta de vontade de boa parte da corporação (boa parte, não todos, deixemos bem claro)... A mim essa ´solução´ de colocar câmera nos carros de policiais é apenas uam medida paliativa que passa ao largo da raiz do problema. E como toda medida paliativa, de cunho eleitoral, empurra com a barriga e afasta uma discussão mais profunda sobre o tema (não que eu seja contra colocar a câmera nos carros policiais, eu apenas acho que isso não resolverá de forma contundente nossos problemas com a polícia)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O suicídio de Leila Lopes, (a ex-atriz da Globo que também fez filme pornô )

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Como a maioria das pessoas já sabe, a atriz Leila Lopes de 50 anos suicidou-se, deixando uma carta em que tenta expor um pouco de suas razões e sentimentos.

Nessa carta a atriz parece sentir um pouco de confusão e também muita amargura, mágoa, medo e muitos outros sentimentos (inclusive afirmou estar feliz). Não importa a razão final que levou a atriz a esse ato tão desesperador, são muitas as causas que podem levar a isso, mas todas têm um ingrediente em comum: Uma profunda dor... Tirar a própria vida vai contra o nosso próprio instinto de auto-preservação, para se atentar algo desse naipe é preciso que a dor seja imensa, tão grande que esse instinto que todo ser vivo têm, de buscar sempre a sobrevivência, fica ´amortecido´. Não, suicídio não é um ato de coragem, nem tampouco de covardia. É um ato de desespero, um grito contra a dor... Antes de entendermos o que levou alguém ao suicídio (que é apenas o passo final de um processo que vêm de longe) devemos entender que, se alguém se suicidou, o fez porque provavelmente não foi ouvido ou não conseguiu ser ouvido em sua dor e angústia. 


Quando o ser humano não têm uma válvula de escape para suas dores, angústias ele acaba por ´explodir´ de uma forma física, podendo machucar a si ou a outros. Ouvir o outro (ouvir não é escutar!) é essencial para diminuir essa panela de pressão que está se formando e que dá quase sempre sinais gritantes. Mas ouvir é respeitar a dor do outro, acolher, e não comparar os problemas do outro com os seus, minimizando assim o que o outro está sentindo. Ouvir é compreender, ser respeitoso com o que o outro sente, não interromper para ´opinar´ ou ´aconselhar´ (fazendo isso nos colocamos numa posição de superioridade que impede que OUÇAMOS o outro). O acolhimento que damos, com carinho e amor, ao outro que nos conta sobre suas dores mais profundas é um bálsamo que pode ajudar a ´diminuir a água do copo´

Se essa tragédia trouxe algo de bom é a reflexão (não o julgamento) sobre como é importante ouvir o outro para que ele não tenha que escrever uma carta de despedida falando de todos os sentimentos reprimidos que não pôde falar enquanto com vida.

Vale ressaltar que o C.V.V (Centro de Valorização da Vida), entidade filantrópica sem fins lucrativos faz esse trabalho de amparo emocional, ouvindo e acompanhando todos que gostariam de ter um ombro amigo, falar de seus problemas ou alegrias, mas não encontram com quem dividir, ou por medo do julgamento ou por medo da incompreensão. O telefone é 141 e o serviço é sigiloso, todos podem ligar, a qualquer momento, para bater um papo e refletir sobre si com alguém que certamente o acolherá e o compreenderá, sem julgamentos ou preconceitos.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Amadurecer

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Cheguei à dura conclusão de que nunca estamos maduros. Isso não quer dizer que não nos sintamos maduros... Sim, nos sentimos maduros, até o minuto seguinte pelo menos... E nos sentimos maduros apenas para tropeçarmos em nossa falta de humildade no minuto seguinte...

Estamos sempre sob a manipulação de idéias, impostas externamente (na maioria das vezes de forma inconsciente e com a melhor das intenções)  por amigos, familiares, amantes... É tanto barulho, tanto ruído que é difícil ouvirmos o que a nossa própria voz fala... Então, simplesmente, deixamos que os outros nos levem, compramos o ideal e a idéia do outro, nos escoramos no que o outro pensa que é certo e assim não precisamos decidir, raciocinar, pois o outro deve saber mais do que eu.

Por isso, acho que o sinal de maturidade mais forte é saber que não existe o absolutamente certo e o absolutamente errado. Todos somos um amálgama de erros e acertos, todos que nos cercam, sem exceção, percorrem sua estrada, e essa estrada é tortuosa e ninguém sabe bem para onde vai levar ou se estamos no caminho certo.

Diante disso, o verdadeiro amadurecimento (será?) começa a despontar, devagarinho como o sol da manhã... E como o sol da manhã que ilumina os campos desintegrando a escuridão, a compreensão de que ninguém é perfeito e nem possui todas as respostas preenche a nossa consciência, desfazendo as decepções que temos com os outros diante de respostas incompletas ou incongruências.

É um processo muito difícil, que por termos sido durante toda a vida guiados, torna-se penoso e muitas vezes etéreo, sem substância, enfraquece. Volta e meia retornamos para o conforto da idéia do outro, como sendo  verdade que nos escapou e que, agora, nos salvará.

Certa feita alguém me disse que a estrada e o testemunho são solitários, e eu acho que é sim.... Afinal, o amadurecer é um caminho solitário.

Luis Fernando Veríssimo

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Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.

5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".

8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.

10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Meu nome é Crise

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(Por Frei Beto)


Há tempos não se falava tanto de mim como agora. Tudo por causa de uma crise no sistema financeiro. A África anda, também há tempos, em crise crônica – de democracia, de alimentos, de recursos; quem fala disso?


Existe ameaça de crise do petróleo; governantes e empresários parecem em pânico frente à possibilidade de não poder alimentar 800 milhões de veículos automotores que rodam sobre a face da Terra.

No último ano, devido ao aumento do preço dos alimentos, o número de famintos crônicos subiu de 840 milhões para 950 milhões, segundo a FAO; mas quem se preocupa em alimentar miseráveis?


Meu nome deriva do grego krísis, discernir, escolher, distinguir – enfim, ter olhos críticos. Trago também familiaridade com o verbo acrisolar, purificar. Ao contrário do que supõe o senso comum, não sou, em si, negativa. Faço parte da evolução da natureza.

Houve uma crise cósmica quando uma velha estrela, paradoxalmente chamada supernova, explodiu há 5 bilhões de anos; seus cacos, arremessados pelo espaço, deram origem ao sistema solar. O sol é um pedaço de supernova dotado de calor próprio. A Terra e os demais planetas, cacos incandescentes que, aos poucos, se resfriaram. Daqui a 5 bilhões de anos o sol, agonizante, também verá sua obesidade dilatada até se esfacelar nos abismos siderais.


Todos nós, leitores, passamos pela crise da puberdade. Doeu ver-nos expulsos do reino da fantasia, a infância, para abraçar o da realidade! Nem todos, entretanto, fazem essa travessia sem riscos. Há adolescentes de tal modo submersos na fantasia que, frente aos indícios da idade adulta, que consiste em encarar a realidade, preferem se refugiar nas drogas. E há adultos que, desprovidos do senso de ridículo, vivem em crise de adolescência…


Resulto da contradição inerente aos seres humanos. Não há quem não traga em si o seu oposto. Quantas vezes, no trânsito, o mais amável cidadão arremessa o carro sobre a faixa de pedestres; a gentil donzela enfia a mão na buzina; o aplicado estudante acelera além da conveniência! Não é fácil conciliar o modo de pensar com o modo de agir.


Estou muito presente nas relações conjugais desprovidas de valores arraigados. Sobretudo quando a nudez de corpos não traduz a de espíritos e o não-dito prevalece sobre o dito. Felizmente muitos casais conseguem me superar através do diálogo, da terapia, da descoberta de que o amor é um exercício cotidiano de doação recíproca. O príncipe e a fada encantados habitam o ilusório castelo da imaginação.


Agora, assusto o cassino global da especulação financeira. Acreditou-se que o capitalismo fosse inabalável, sobretudo em sua versão neoliberal religiosamente apoiada em dogmas de fé: o livre mercado, a mão invisível, a capacidade de auto-regulação, a privatização do patrimônio público etc.


Dezenove anos após fazer estremecer o socialismo europeu, eis-me a gerar inquietação ao mercado. A lógica do bem-estar não lida com o imprevisto, o fracasso, o inusitado, essas coisas que decorrem de minha presença. Os governantes se apressam em tentar acalmar os ânimos como a tripulação do Titanic, enquanto a água inundava a quilha, ordenou à orquestra prosseguir a música…


Tenho duas faces. Uma, traz às minhas vítimas desespero, medo, inquietação. Atinge aquelas pessoas que não acreditavam em minha existência ou me encaravam como se eu fosse uma bruxa – figura mitológica do passado que já não representa nenhuma ameaça.


Minha outra face, a positiva, é a que a águia conhece aos 40 anos: as penas estão velhas, as garras desgastadas, o bico trincado. Então ela se isola durante 150 dias e arranca as penas, as garras, e quebra o bico. Espera, pacientemente, a renovação. Em seguida, voa saudável rumo a mais 30 anos de vida.


Sou presença frequente na experiência da fé. Muitos, ao passar de uma fé infantil à adulta, confundem o desmoronar da primeira com a inexistência da segunda; tornam-se ateus, indiferentes ou agnósticos. Não fazem a passagem do Deus “lá em cima” para o Deus “aqui dentro” do coração. Associam fé à culpa e não ao amor.


Acredito que este abalo na especulação financeira trará novos paradigmas à humanidade: menos consumismo e mais modéstia no padrão de vida; menos competição e mais solidariedade entre pessoas e empreendimentos; menos obsessão por dinheiro e mais por qualidade de vida.


Todas as vezes que irrompo na história ou na vida das pessoas, trago um recado: é hora de começar de novo. Quem puder entender, entenda.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Blecaute na sociedade ou sociedade em blecaute?

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Recentemente boa parte do país ficou às escuras, à luz de velas... Tal escuridão me trouxe certa reflexão sobre o que estamos fazendo com a nossa sociedade.


O blecaute causou um grande medo em decorrência da violência urbana que poderia explodir por conta da falta de luz e, consequentemente, da pouca visibilidade.


Ora, há pouco tempo a humanidade não tinha luz elétrica e certamente não vivia em pânico...


A questão é: Será que estamos com um medo exacerbado de nós mesmos, ou realmente algo aconteceu de lá para cá que faz com que nos sintamos mais inseguros se não estivermos sob a proteção da iluminação pública?


Creio que estamos com tanto medo de nós mesmos que qualquer coisa é motivo para acharmos que uma hecatombe irá ocorrer. Claro que a população aumentou, a desigualdade social embora não tenha aumentado, mas diminuído, está proporcionalmente mais angustiante pelo forte consumismo que nos cerca, ou seja temos muitos crimes porquê temos muito mais vontades a suprir e um número desproporcional de possibilidades de satisfazê-las.


Enquanto estava no escuro, ouvia o rádio uma correspondente carioca de uma rádio, em tom de extremo alarme, pedindo para as pessoas não saírem das ruas, que a situação poderia ficar crítica na Cidade Maravilhosa, e tudo mais... Pessoas ficaram dentro dos metrôs, com medo desaírem as ruas por causa do escuro... Fiquei imaginando como explicar essa cena há 200 anos atrás... Quão hilário e patético seria para alguém daquela época.


Nos faz pensar o quão emocionalmente frágeis nós estamos em decorrência dos nosso medos e das nossa dependência da tecnologia. Acredito que perdemos um pouco da nossa humanidade, da nossa força interior, da nossa confiança no outro e trocamos tudo isso pelo medo, como uma criança que tanto têm que não percebe que o próprio medo de perder algo já faz com que ela tenha perdido o mais importante: Si mesma.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Kindle, o livro eletrônico...

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A nova mania do mundo da tecnologia é o Kindle, o ´livro eletrônico´ da Amazon.

Trata-se de um leitor de e-books (livros em mídia eletrônica, também conhecido por ´papel eletrônico´) com capacidade para 256 MB. Em fevereiro desse ano foi lançado o Kindle 2, com maior capacidade (2 GB), melhor capacidade gráfica (16 escalas de cinza ao invés de apenas 4 do Kindle original), Também foi lançado o Kindle DX, com capacidade ainda maior (4 GB) e melhor resolução gráfica (824 × 1200 pixels contra 800 x 600 do Kindle 2 e do Kindle original), além de outras diferenças em relação ao tamanho e peso (O Kindle DX é maior e mais pesado que o Kindle 2 e o original, porém o Kindle original é bem mais espesso que o Kindle 2 e que o Kindle DX).

Essa nova mania, segundo alguns, poderá substituir o livro de ´papel´, eis que a Amazon já disponibiliza mais de 300.000 títulos em livros, alguns como o UR, de Stephen King exclusivamente para essa tecnologia. Além disso é possível assinar, via Kindle, revistas e jornais por preços que variam de centavos de dólar até 14,99 US$ por mês...

Vale ressaltar que o Kindle 2 não possui capacidade expansão de memória, diferente do original, e por isso têm um número limitado de e-books para se guardar ao mesmo tempo.

Além disso, o preço atual é muito alto, e varia de R$ 900,00 até R$1600,00 aqui no Brasil para o Kindle 2, e cerca de R$ 2.000,00 o Kindle DX...

Eu prefiro o bom e velho livro de papel, em que se pode sentir a textura do papel, o cheiro, a capa... Para mim, nada substitui isso...

Emprego Público, a solução de todos os males?

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No resto do mundo, o funcionário público é muito desvalorizado, goza de uma reputação não muito honrosa de trabalhador de segundo escalão...


No Brasil, hoje, isso é bem diferente... Tendo em vista em especial a estabilidade e altos salários (em média maior do que da iniciativa privada), muitos profissionais de alto gabarito procuram a carreira pública.


Isso têm seu lado positivo e negativo..... Sem dúvida é positivo ter servidores públicos de alto nível, eis que um bom serviço público é essencial para o funcionamento estatal... O lado negativo é que, por força da estabilidade, o servidor público acaba ganhando uma aura de ´intocável´, de ´realeza´ (em especial nas mãos de juízes).


Paradoxalmente, grande parte dos servidores públicos trabalham em condições terríveis, eis que o emprego público é totalmente dependente da boa vontade do poder executivo, e melhoria de condições de emprego público não dá voto a ninguém, portanto...


Sem adentrar na discussão sobre se o serviço público como está , se é um modelo ideal ou não, o fato inegável é que a garantia de estabilidade somada a razoável ganho (de parte do servidor público, deixemos isso claro) oferece uma luz no fim do túnel para muitos e é uma opção concreta de segurança financeira.


Mas a concorrência é enorme... Concurseiros profissionais se preparam com afinco para agarrar uma vaguinha pública, seja ela qual for... Hoje, a função pública não é questão de vocação, mas de bóia de salva-vidas... Com isso temos muitas bóias para o sempre enorme número de náufragos, e quando algum agarra sua bóia, a tendência é... relaxar...


Claro, não quero generalizar, muitos escolhem o serviço público com excelentes intenções, alguns pode-se dizer até, têm vontade de fazer algo pelo País. Mas quando se vê milhões (não, não quis dizer milhares, quis dizer milhões sim) procurando uma vaga, QUALQUER vaga, não posso deixar de concluir que têm algo de errado, tanto de um lado quanto do outro... O resultado é que temos juízes despreparados, que o são apenas por uma questão de ego, sem a sensibilidade humana necessária para esse cargo... Cartorários que se escondem atrás da burocracia para atender pior a comunidade... Não há como negar que quanto  ´mais alto´ o cargo, pior a situação, guardando o devido cuidado com as generalizações (conheço muitos juízes e promotores de tirar o chapéu, preocupados com a coisa pública, mas para cada um desses há uma infinidade de mediocridade humana, e TODOS sem exceção, dos que se consideram ´superiores´ e agem como o tal, tem um problema tremendo de baixa auto-estima e grave alienação social).


Sou francamente favorável ao fim da estabilidade, desde que haja um mecanismo de segurança que impeça a mudança de cargo ao bel prazer dos nossos políticos fisiologistas... Assim como sou a favor da valorização do bom funcionário público que sempre paga o pato pelo mau funcionário, valorização essa que passa por uma melhor distribuição de salários e condições dignas para que o funcionário público se sinta confortável o suficiente para querer trabalhar com afinco e responsabilidade, atendendo ao melhor interesse da comunidade (e não da burrocracia).

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Crepúsculo da Literatura

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Eu sempre gostei de mitos... Os mitos greco-romanos, os mitos medievais e, particularmente, o mito do Vampiro...


Li Dracula de Bram Stoker e não tenho vergonha alguma dizer que é um dos livros mais bem escritos que já tive a sorte de ter degustado... Li também Anne Rice ("O Vampiro Lestat")  e ela me pareceu a melhor escritora a modernizar o mito do vampiro...


Me vi tentado a pesquisar sobre a nova mania-importada-dos-nossos-colonizadores-USA, Twilight (´Crepúsculo´) da escritora (cof-cof) Stephanie Myers... Achei que tivésse algo da lenda dos Vampiros... Ledo engano.. É uma ´Malhação´ piorada... O livro é tão mal escrito, mas tão mal escrito, que o próprio ator principal da versão cinematográfica dessa ´obra´ disse que o personagem dele parecia ter sido escrito por uma teenager apaixonada, depois de um sonho... De fato, a inabilidade da escritora em tecer qualquer tipo de conteúdo no livro é tão grande que jornais de grande circulação foram unânimes em dizer que o filme é melhor e com mais conteúdo que o livro, listando até ´28 razões´  para embasar esse raciocínio...


Não li o livro (não tive coragem) , li trechos (aquele instinto que vc têm de parar num acidente para olhar falou mais forte em mim nessa hora)... Mas vi o filme com minha namorada e devo dizer que tem tantos furos no roteiro (E no livro, segundo dizem) que me senti enganado, chamado de imbecil... A construção dos personagens é simplória, não há plot, a escritora é tão ruim e os personagens tão rasos que eles mudam de personalidade de uma cena para outra... E ninguém parece notar!!!! Pode-se até mudar de personalidade, mas têm que ter uma razão para isso...


Todos os personagens são caricatos e vazios, a personagem principal parece que foi concebida em termos literários usando uma ´fórmula´... Aliás TODOS os personagens tem pelo menos um defeito, um e apenas um... Alguém disse para essa escritora que para se criar personagens críveis vc têm que fazê-los humanos com defeitos, então ela botou , sem nenhum norte, um defeito para cada um....


Enfim, o que esperar de uma escritora que se gaba de escrever um livro sobre vampiros sem nunca ter lido uma linha sobre vampiros (o que é mentira, ela copiou alguns aspectos de um livro de RPG de vampiros e algumas coisas de Anne Rice, mas claramente não entendeu nem uma coisa nem outra).


Por fim, fico com a opinião do ator principal do filme, que diz que a autora é maluca e que provavelmente o livro foi só um sonho de adolescente que ela teve, mas que provavelmente nunca deveria ter sido publicado.


Desculpem o desabafo, mas como sou um leitor ávido, esse tipo de ´sucesso´  em geral mostra uma tendência que é bastante danosa para a própria literatura... Teremos um década perdida de livros para o público jovem por causa disso...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Que tipo de ajuda precisamos?

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O MACACO E O PEIXINHO





Num canto do Brasil, viviam um macaco e um peixinho. O macaco era conhecido por sua extrema bondade e por gostar de ajudar os outros animais daquela mata.


Naquela floresta tropical nunca fazia frio, tudo era tranquilo e o macaco passeava de galho em galho, procurando alguém para ajudar. Um dia, aproximou-se de um rio e como não sabia nadar ficou observando maravilhado suas águas claras. Viu um pequeno peixe que passeava em busca de alimento, sem se preocupar com a sua presença. O macaco ficou então muito preocupado achndo que opeixe estava com frio e poderia morrer afogado naquele imenso rio. Resolveu ajudar o pobre peixinho. Arriscando-se em cima de um tronco que flutuava, conseguiu agarrar o peixe em seu passeio. Sentiu então que ele estava gelado e pensou no frio que ele, pobrezinho, tinha passado, sem que ninguém o ajudasse. Isso o deixou ainda mais satisfeito com a sua boa ação.


Depois da operação salvamento, o macaco ainda não estava contente. Acreditava que poderia ajudar ainda mais o pobre peixinho. Decidiu então levá-lo para casa e esquentá-lo em seus pêlos.


Ao acordar na manhã seguinte, viu que o peixinho estava morto. Ficou triste, mas não se preocupou demais pois sabia que tinha tentado tudo para ajudar o amigo. Consolou-se ainda mais quando concluiu que o peixinho só poderia ter morrido devido a um resfriado que tinha contraído, durante o tempo vivido na água sem a ajuda de ninguém.




SERÁ QUE AO TENTARMOS SOLUCIONAR O PROBLEMA DO OUTRO, SEM AO MENOS OUVI-LO, ESTAMOS REALMENTE ´AJUDANDO´? SERÁ QUE A MELHOR AJUDA NÃO É AQUELA QUE PRESTAMOS AO LADO DA PESSOA, E NÃO NO LUGAR DA PESSOA? SERÁ QUE A NOSSA COMPREENSÃO DO PROBLEMA ALHEIO É MELHOR DO QUE PRÓPRIA COMPREENSÃO DO OUTRO? SERÁ QUE ENTENDEMOS DE FATO O QUE O OUTRO ESTÁ PASSANDO?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Geyse, vestidos e intolerância...

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Recentemente li na VEJA (argh) uma matéria sobre o assunto / fútil da moda... O vestido curto da Geyse...

Sem entrar em detalhes sobre a reportagem, gostaria de externar um pouco do que eu penso e discordar de um ponto que parece ser o principal dessa estória toda: INTOLERÂNCIA.

Na reportagem que mencionei um especialista fala sobre ´conservadorismo sexual´, eu acho que não é nada disso... Ao contrário do que a maioria, acho que isso pouco têm a ver com sexo. Têm a ver com intolerância social e machismo... 

Os alunos da UNIBAN, a meu ver, não ficaram raivosos em razão de ter uma garota com vestido curto, mas sim pelo fato de ser uma garota, da periferia,  que se acha ´gostosa´ e que ´exerce seu poder´ ao levantar a saia, etc... Me pareceu que a Geyse estava embasbacada com seu próprio ´poder´, e o exercia na Universidade, uma garota da periferia ´dominando ´a ´elite´. Mas aí que está o problema... E aí vêm o preconceito da intolerância social... Como o ´pacto´ foi quebrado, a Geyse expôs que tipo de aluno freqüenta a Uniban... Os alunos ficaram raivosos.. Geyse representa TUDO que eles não querem ver deles mesmo... Teria essa mesma recepção uma garota, com o mesmo vestido, mas dentro dos ´padrões´ de beleza da ´elite´? Uma garota bonita que, naturalmente, chamasse a atenção, e ainda mais usando um micro-vestido... Penso que não. Geyse é a Geni... Fácil de odiar, daquele tipo de pessoa que faz as pessoas pensarem ´quem ela pensa que é para ficar fazendo isso na MINHA Universidade?!?!? Ela se acha, vamos colocá-la em seu devido lugar!!!´ (se esquecendo que esse ´lugar´  na verdade é o ´nosso´ lugar ).

Os alunos tornaram-se monstros, a turba desfez o sentido de individualidade, os freios morais ficaram anestesiados, e eles poderiam ser ´desculpados´ de seus preconceitos, afinal todos estavam fazendo isso. Usou-se como desculpa o fato da Geyse estar vestida de forma inconveniente (verdade), mas quem falou isso foi o garoto de boné... E incoveniente por inconveniente, qual atitude foi ´mais´ inconveniente? Do vestido que sobe ou das fotos e impropérios da turba louca?

Mas a lição maior que tirei disso tudo foi que não têm mocinho nessa história, principalmente da mídia, que mais uma vez se faz de ´baluarte´ da ´liberalidade´... E não se discute o principal, dos limites dentro da Universidade, do que estamos deixando acontecer, do que os alunos estão ´fazendo´ nas Universidades privadas, quais os limites dentro dos campi universitários, até que ponto o conservadorismo é válido nesse ambiente, o que está certo, o que está errado... Não é uma questão de ´veste o que quer´, mas sim uma questão de preconceito e intolerância social, limites à liberdade e responsabilidade pelo ambiente acadêmico... Não estaríamos transformando nossas Universidades em ´fábricas de canudos´? Onde o objetivo seria apenas ter o diploma, a qualquer custo e em qualquer ambiente?

Em tempo, falo isso de cátedra, pois me formei numa dessas Universidades privadas... E lá tmb ´fingíamos´ que éramos universitários e que a Universidade merecia nosso respeito.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Forum Populi

4 comentários:



Antes de mais nada, gostaria de agradecer a todos que acessaram esse blog, e que estão a ler essa primeira postagem. Esse blog, um fórum popular de discussões, idéias, desabafos pretende não se furtar a medos convenientes, o ´politicamente correto´, porém haverá de se ater ao respeito das idéias de cada um.


Escolhi o nome ´Conspiração Ideológica´ pois acredito existir um movimento (algumas vezes chamado de ´politicamente correto´) em que se construiu uma ideologia do certo e do errado. Hoje, quem pensa diferente da massa, quem não é ´politicamente correto´,  corre o risco de ser queimado em fogueira pública.


É claro que exitem limites, de respeito e bom-senso, porém um dos maiores maus da humanidade é a nossa tendência de rotular as pessoas, ideologicamente e criando essa ideologia, o ser humano se limita no pensar.


Para a filosofia, Ideologia é o grande pecado do pensamento livre... É engraçado pensarmos nisso, pois sempre foi ´legal´ ter uma ´ideologia´, chamamos de alienado aquele que diz não ter ideologia alguma, quando na verdade, aquele que têm uma ideologia é que é alienado, segundo a filosofia. E têm sentido.


Quem tem uma ideologia, têm um ´pacote´ de idéias (e preconceitos) ´comprados´ de alguém ou de um grupo, não pensando muito sobre isso. A ideologia, como já vêm pronta, não permite a construção pessoal, o questionamento que vêm no início de um sistema de construção de pensamento. Quem se prende a uma ideologia fecha às portas e questionamentos. E, ironicamente, trata sua ideologia como um ´tesouro´, fruto de uma verdade externa, que o indivíduo reconhece como sendo superior até mesmo à sua verdade, razão pela qual não questiona e, muitas vezes, age com virulência.


Esse blog não se atém a nenhuma ideologia, embora como autor, eu tenha minhas idéias (e preconceitos), sinto-me à vontade de refletir, voltar atrás e para tanto peço ajuda de todos, para que possamos crescer juntos, com uma saudável troca de idéias, em que o limite é apenas o respeito ao outro e a sua idéia.


Estou curioso para saber o que haverá de acontecer com essa tentativa de construção de pensamentos, idéias.. Tenho curiosidade de saber o que todos pensam sobre determinados assuntos, em contrapartida ao que eu penso, visando assim evoluir um pouco também, em conjunto com todos vocês.


Novamente obrigado pela atenção!